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Serpro: 51 anos de história e realizações

Para governo e cidadão

Empresa apresenta marcos do ano de 2015 pelo olhar dos empregados e empregadas, pessoas que são a engrenagem dessa história
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51 anos de história e realizações

Loyanne Salles

“Nossas soluções fazem história”, é o que afirma o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). A empresa tem nessa frase o seu slogan, uma verdade conquistada pelas pessoas que aqui trabalham. E é com propriedade que a instituição pode ter essa alcunha, porque, afinal, a modernização do Estado brasileiro passa necessariamente pela história desta empresa.

Há mais de cinquenta anos, o Serpro é o responsável pelos sistemas estruturantes do governo federal e também pelo destaque do Brasil, em âmbito mundial, no que se refere à inovação e robustez de serviços em governo eletrônico. A declaração do Imposto de Renda, o Siscomex, a Conta Única do Tesouro Nacional, o Porto Sem Papel, o Siafi, o Siape, entre tantos outros são exemplos de sistemas que mudaram a sociedade brasileira.

Neste dia 1º de dezembro, o Serpro completa 51 anos. Conheça algumas das realizações da instituição ao longo do ano de 2015, que são conquistadas com o apoio e dedicação dos seus mais de 10 mil empregados e empregadas.

Dialoga Brasil: voz à cidadania e interação com o governo

Em julho de 2015, a Presidência da República lançou o Dialoga Brasil, uma plataforma tecnológica desenvolvida pelo Serpro para receber sugestões da sociedade sobre a condução dos programas de governo. “A iniciativa tem potencial para transformar a forma de se construir e implementar políticas públicas no Brasil”, analisa Leandro Nunes, da área de Desenvolvimento da empresa em Salvador.

Equipe de desenvolvimento do Dialoga Brasil na Regional SalvadorA tecnologia apresenta bons números. O Dialoga Brasil, em cinco meses, recebeu cerca de 11 mil propostas, com mais de 276 mil votos. “É gratificante ver o fruto do seu trabalho e da sua equipe sendo amplamente utilizado. É ainda melhor quando o objetivo é a construção de uma sociedade mais participativa”, reflete Nunes, que se diz orgulhoso de ter feito parte desse projeto.

Para ele, o Dialoga Brasil dá um passo significativo no sentido de promover a democracia direta idealizada pelos gregos há mais de 20 séculos. “Pelo Dialoga, o cidadão tem a oportunidade de participar diretamente do processo de tomada de decisões sobre os atuais programas do governo”, avalia.

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Gestão da margem consignável: mais segurança às informações dos servidores

Responsável pelos sistemas estruturantes do governo, o Serpro sabe muito bem trabalhar sob pressão. Neste ano, a pedido dos ministérios da Fazenda e do Planejamento, a empresa assumiu mais um desafio: gerir a margem consignável dos servidores federais.

Até aí nenhuma novidade, já que o Serpro é o responsável pela folha de pagamento. O problema estava no prazo, o novo sistema precisava estar no ar em pouco mais de um mês, período em que o antigo sistema de uma empresa privada deixaria de funcionar.

O Serpro iniciou, então, uma força-tarefa em diversas as áreas para desenvolver e implantar o sistema, além de tratar de novas regras de negócio, atendimento ao cliente e capacitação. "O nosso prazo foi bem apertado, trabalhamos fins de semana seguidos, fizemos muitas horas extras tratando da implementação das regras, testes, reuniões etc. Enfim, tudo para garantir que a solução estivesse em produção no tempo acordado", relembra Cleyton Santana, do Desenvolvimento em Brasília. Para ele, apesar do ritmo pesado de trabalho, ver a solução pronta e ainda melhorada para uso das consignatárias foi recompensador. "É bacana ver o resultado prático de toda a nossa dedicação", afirma.

A gestão da margem consignável trouxe para o Serpro uma quebra de paradigma. A partir desse serviço, a empresa abriu um escritório físico de atendimento aos novos clientes. Ao todo, são mais de 720 consignatárias em todo o Brasil que utilizam os sistemas do Serpro para realizar empréstimos consignados em folha.

André Fernandes, coordenador deste escritório físico, fala da experiência de atuar nesse espaço. Ele conta que veio da iniciativa privada para o Serpro com um ímpeto de buscar novos negócios, mas com o tempo se adaptou à natureza do serviço público e a lidar com os clientes tradicionais do Serpro. "Hoje, eu me sinto voltando ao início da minha carreira no Serpro, focado em criar oportunidades de negócio e receitas. Para mim, está sendo ótimo. O impacto do escritório na cultura da empresa é muito grande, tem sido legal acompanhar esse movimento”, avalia.

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eSocial: tecnologia a serviço da justiça social

Mais uma vez, o Serpro é o responsável pelo desenvolvimento tecnológico de ações que promovem benefícios para a sociedade brasileira. Em 2015, as empregadas e empregados domésticos conquistaram novos direitos trabalhistas. Para facilitar a vida dos empregadores, foi desenvolvido o módulo Simples Doméstico, no eSocial. Como em outros sistemas de missão crítica, no lançamento do módulo foi estabelecida a Sala de Implantação, um espaço coordenado pela gerência de serviços que reúne todas as áreas envolvidas no evento (Centro de Dados, Desenvolvimento, Operações e Suporte à Tecnologia).

Sala de Implantação do eSocial em São PauloFoi na madrugada do domingo, dia 1º/11, que a monitoração do Centro de Comandos de São Paulo indicou algumas falhas na aplicação. Jussara Parente, da área de gestão de serviços, relembra que as equipes que estavam de plantão para o tratamento de possíveis inconsistências, dada a complexidade e o tamanho do sistema, tinham a expectativa de que os mesmos seriam solucionados de imediato. "Mas naquela madrugada mesmo, percebemos a insistência dos erros e começamos uma maratona com todas as áreas, cada um atuando no seu segmento para tentar localizar as inconsistências. Foi muito bom, mais uma vez, ver o comprometimento e o empenho de todos", rememora, cheia de orgulho dos colegas.

Jussara lembra que na segunda-feira era feriado, mas as pessoas envolvidas já estavam todas dedicadas à solução. Ela conta que as reuniões de ponto de controle se intensificaram, a alta liderança da empresa foi envolvida, grupos de comunicação instantânea foram criados para agilizar a troca de informações sobre a saúde do sistema, tanto em âmbito gerencial como técnico, e todos lutavam contra o relógio. "As áreas técnicas viraram noite na empresa, algumas equipes já completavam mais de 40 horas de trabalho para o reestabelecimento da solução. Eu me orgulho disso, porque nossa equipe veste a camisa. Não era um problema da Receita ou de apenas uma determinada área do Serpro, era um problema nosso", afirma.

O eSocial, apesar das dificuldades iniciais, teve seu funcionamento reestabelecido no dia 5 de novembro. "No fim daquele dia, tínhamos gerado mais de 485 mil guias. Essa era a nossa meta, eu tive um sentimento de alívio, de realização, muito contente em saber que o empenho de todos mudou uma situação negativa na empresa", aponta Jussara. Para Regina Ribeiro, também da Gestão de Serviços, ainda existe mais uma etapa para que ela possa respirar aliviada. "Eu ainda estou com a expectativa das entregas agendadas, mas tenho certeza que depois de janeiro vou me sentir realizada", confessa.

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Ágil: comunicação e colaboração para resultados melhores

Mais de 700 pessoas na empresa foram treinadas em práticas ágeisO Serpro iniciou a adoção da Metodologia Ágil em 2014. A empresa criou um grupo de trabalho para orientar o processo de internalização das práticas ágeis, as equipes foram treinadas e, administrativamente, o Serpro ganhou uma nova bandeira. Mas foi aos poucos que a proposta ganhou defensores e entusiastas. Em 2015, o foco foi implementar a cultura Ágil nas rotinas produtivas da empresa, inclusive fora das linhas de desenvolvimento e produção.

Identificar uma das pessoas que investiu nesse trabalho é fácil, isso porque ele parece 'respirar' o Ágil, tamanho é o seu comprometimento e dedicação ao assunto. João Paulo Novais, da área de prospecção tecnológica, é um agilista. Especialista no assunto, ele é um dos responsáveis pelas oficinas ágeis que ocorreram ao longo de todo o ano. Mais de 700 pessoas, de diversas áreas, aprenderam uma forma diferente de encarar seu trabalho. "A oficina não tem a intenção de ensinar, necessariamente, métodos ágeis detalhados, mas disseminar a cultura Ágil. Queremos mostrar como é possível pensar diferente, apresentar outras formas de conduzir um projeto ou atender uma demanda. A ideia é se tornar protagonista dos resultados", analisa Novais.

Ele conta que, em geral, as pessoas chegam bastante reticentes no treinamento. “Elas encaram o tema como mais uma 'modinha' de gestão, mas muitos conseguiram perceber que, embora o Ágil não resolva todos os nossos problemas empresariais, ele é uma ótima ferramenta para melhorar os nossos resultados, e assim temos ganhado vários parceiros no assunto”, enaltece o agislita, que afirma ser uma honra dedicar-se ao assunto no Serpro. "Nas oficinas, eu conheci pessoas que têm de Serpro o que eu tenho de vida. A troca e o conhecimento que se adquire é incomparável. Eu fico feliz em colaborar na busca por uma contínua melhoria na empresa, no governo e, consequentemente, na sociedade", conclui.

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 RLE: agilidade para a abertura e fechamento de empresas

No Brasil, sempre foi uma complicação fechar uma empresa. A dor de cabeça e a burocracia era longa. Mas no ano passado, o governo resolveu o problema. O lançamento do Registro e Licenciamento de Empresas (RLE), tecnologia Serpro que integra os órgãos da administração pública federal, estadual e municipal permitindo que o empresário em um único sistema consiga fazer as solicitações necessárias. Hoje, é possível fechar a empresa na mesma hora, desde que não hajam débitos.

Agora, em novembro de 2015, entrou em produção o módulo Abertura e Licenciamento de Empresas. Com isso, o sistema está pronto para oferecer um novo conceito de prestação de serviços públicos, que visa simplificar e facilitar a vida dos empreendedores e empresários brasileiros. A partir de agora, o tempo de abertura e legalização de uma empresa sai de 83 para 5 dias. Luciana Otávia, da área responsável pelo sistema junto ao cliente, analisa que a grande importância do RLE são os conceitos implementados. “A desburocratização, entrada única de dados para resposta única, transparência em relação aos tempos de atendimento e fé na palavra do empreendedor são diferenciais”, completa.

Para ela, é uma satisfação fazer parte deste momento de mudança de paradigmas entre governo e empresariado. “Me motiva ainda mais saber que este é apenas o primeiro passo para um caminho que alavancará o ambiente de negócios no Brasil”, comemora Luciana.

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Passaporte brasileiro: mais segurança e tecnologia

O Serpro é responsável, juntamente com a Polícia Federal, Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Casa da Moeda, pelo passaporte brasileiro. Neste ano, o documento ganhou novos itens de segurança, tanto na caderneta quanto no chip, e passou a ter validade de 10 anos.

Alice Gorini, da área de relacionamento com clientes, indica que uma das vantagens do novo passaporte é a tranquilidade para o cidadão planejar suas viagens, diminuindo a necessidade de renovação do documento, que agora vale por dez anos. "Me sinto orgulhosa da participação do Serpro nesse trabalho e, também, motivada a continuar contribuindo para melhorar cada vez mais o serviço prestado pela Polícia Federal à sociedade", avalia Alice.

Hamilton Silva, da área de relacionamento com cliente, também analisa a ampliação da validade como um ponto importante no passaporte. Porém, destaca que nesse processo o Serpro teve uma grande oportunidade de desenvolver um novo negócio com o MRE. "Estruturamos e hospedamos a Autoridade Certificadora do ministério com objetivo de participar do PKD-Icao, que hospeda a chave que assina os certificados gravados nos chips do passaporte, aumentando assim a segurança do documento", detalha.Equipes do Serpro responsáveis pelo atendimento ao passaporte da Polícia Federal e MRE
















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