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Sistema da PF ajuda há dez anos a gerir a segurança privada no país

Segurança

Com o Gesp, a Polícia Federal tem controle sobre a regularidade e a quantidade de vigilantes, armas e demais elementos ligados a empresas do setor
Exibir carrossel de imagens Gesp tornou a comunicação inteiramente eletrônica, eliminando o uso de papel

Gesp tornou a comunicação inteiramente eletrônica, eliminando o uso de papel

Vanessa Borges

No Brasil, o porte de arma de fogo é proibido, salvo quando comprovados a ameaça à integridade física ou o exercício de profissão de risco. É o caso, por exemplo, de vigilantes que prestam serviço por meio de empresas de segurança. Mas não basta o porte de arma para que essas empresas, e seus profissionais, atuem no país. Elas precisam repassar para a Polícia Federal (PF), constantemente, todos os dados relacionados ao CNPJ e às armas, munições, coletes à prova de balas, carros-fortes, treinamento de vigilantes, e demais componentes.

E para administrar e fiscalizar, com qualidade e rapidez, o grande volume de informações enviadas por mais de 4.700 empresas do ramo, a PF conta há dez com o sistema Gesp – Gestão Eletrônica de Segurança Privada: solução que tornou a comunicação inteiramente eletrônica, eliminando o uso de papel e diminuindo para 5 a 15 dias trâmites que antes podiam, em alguns casos, levar até seis meses para serem concluídos.

Delegados, chefes de divisão e coordenadores-gerais da Polícia Federal acessam conteúdos disponíveis no Gesp“Em 2006, ano de sua implantação, a intenção era que o usuário pudesse baixar uma versão do Gesp, preencher formulários do processo e encaminhar para análise na Polícia Federal”, explica o coordenador-geral substituto de Controle de Segurança Privada da PF, o delegado Licinio Nunes. “O sistema evoluiu. O interessado, seja empresa especializada em segurança privada, instituição financeira ou sindicato, acessa o Gesp diretamente pelo portal da PF, tem a visão de todos seus dados cadastrais e processos junto à Polícia, e pode complementar as documentações pelo sistema e dar ciência em notificações, autos de infração, decisões de deferimento ou indeferimento dos processos”, acrescenta o delegado.

Gesp completa dez anos em 2016 e continua em evoluçãoPara analisar os processos há na outra ponta da comunicação, é claro, os diferentes integrantes da Polícia Federal. Entre eles, estão os delegados, chefes de divisão, coordenadores-gerais, que acessam os conteúdos disponíveis tanto no próprio Gesp ou a ele integrados – como os de bases internas da Polícia que mostram antecedentes criminais, movimentação de valores, e avisos entre países.

"Esses usuários recebem alertas importantes, em sua tela inicial, sobre eventuais irregularidades, como vigilantes com reciclagem vencida, empresas com autorização vencida, processos cujo tempo de tramitação tenha superado o previsto”, exemplifica o agente administrativo Edisio Santana, usuário do Gesp e também da equipe da coordenação de segurança privada. “Além de muitos relatórios com dados gerais. Com o Gesp, o gestor da PF consegue ter uma visão clara das demandas de sua região, e planejar ações de controle e fiscalização”, complementa o delegado Licinio Nunes.

Avanços ano a ano

Com o Gesp, o gestor da PF consegue ter uma visão clara das demandas de sua região, e planejar ações de controle e fiscalização”

Delegado Licinio Nunes

Para o Serpro, desenvolvedor do Gesp para a PF, a evolução tecnológica propiciou mais estabilidade e segurança ao sistema. “As principais implantações foram o processo punitivo, o processo bancário e a expedição eletrônica da Carteira Nacional de Vigilante. O incremento das funcionalidades e a centralização em uma única aplicação facilitam a integração dos dados e seu controle”, avalia a analista de negócios Amanda Bezerra, da Superintendência do Serpro que atende à PF. “O Gesp teve um salto de evolução nos últimos anos. Isso trouxe confiabilidade ao usuário da solução”, frisa.

Conheça os números do GespA proposta, tanto do Serpro como da Polícia Federal, é continuar a parceria para evoluir o sistema, que foi construído com linguagem Java, roda com o servidor de código aberto JBoss e é, atualmente, aprimorado a partir do uso do Ágil, método de desenvolvimento em que o Serpro aposta para ampliar a interação com o cliente e a entrega de soluções de TI com qualidade e eficácia.

“O Gesp completa dez anos em 2016.  E periodicamente são publicadas novas versões, informatizando novos processos e implantando novas funcionalidades, conforme as necessidades dos usuários internos da PF e dos públicos externos. É um ferramenta que está em constante evolução”, finaliza o delegado da Polícia Federal Licinio Nunes, que é ainda Product Owner do Gesp (ou “dono do produto", no linguajar da metodologia Ágil usado mundo afora).