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Serpro incentiva a cultura brasileira

Serpro Cultural

Teatro musical, CD de sambas, exposição multimídia, livro sobre tecnologia e festival de cinema africano são os primeiros projetos patrocinados

A cultura é uma das principais vocações do Brasil. E um direito dos cidadãos. Mesmo assim, a sua produção e o seu acesso não são simples. No final de 2013, o Serviço Federal de Processamento de Dados instituiu o Programa Serpro de Incentivo à Cultura, o Serpro Cultural, com o objetivo de estimular a realização de projetos que contemplem a cultura brasileira e de fortalecer as cadeias produtivas do setor cultural.

O programa está fundamentado em duas linhas de atuação: o Programa Serpro Digital e o Programa Cultura Livre Serpro. A primeira se baseia nas ações da Coordenação de Cultura Digital da Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, que promove o uso do software livre e as ações de inclusão digital. A outra, o Programa Cultura Livre Serpro, contempla projetos de todos os segmentos culturais, além de ações de difusão e democratização do acesso à cultura.

O Serpro Cultural iniciou suas atividades em 2014, no Rio de Janeiro. De acordo com a gestora do programa, Valéria Silva, da Coordenação Estratégica de Comunicação Social do Serpro, o programa contempla, neste primeiro momento, projetos aprovados para captação de recursos mediante benefício fiscal, onde o incentivador pode deduzir 100% do valor patrocinado do Imposto Sobre Serviços (ISS).

Teatro, música, exposição, livro e cinema

Dos cinco projetos patrocinados, dois já foram concluídos. O primeiro deles foi a exposição “Rio, 450 anos de música”, que apresentou a história da música, por meio de uma mostra interativa e multimídia. O outro foi o festival de cinema africano “Uhuru”, realizado durante a Semana da Consciência Negra, em novembro passado.

Os outros três projetos estão sendo realizados em 2015. O “Sambas para Mangueira”, que consiste no lançamento de um livro com CD duplo de sambas; o espetáculo teatral “220 volts”, do comediante Paulo Gustavo; e, por último, o livro “Cultura e Tecnologia – a era digital”, que analisará as transformações provocadas pela evolução tecnológica ocorrida nos últimos 50 anos.

Próximo passo: Curitiba

De acordo com Valéria, o programa já está contribuindo com a divulgação da imagem da empresa. “Ele projeta positivamente a imagem do Serpro, pois ressalta o compromisso da instituição com o crescimento do país, na medida em que se alinha às políticas governamentais de fomento à cultura”, explica.

Ainda em 2015, o Serpro Cultural chegará à Curitiba. “Já escolhemos um projeto na cidade, mas ainda não fechamos o contrato”, adianta Valéria. “Depois, o programa será estendido às cidades de Belém, Belo Horizonte, Florianópolis, Recife e São Paulo. Por último, deverão ser atendidos projetos de todos o país, por meio da Lei Rouanet, que permite o abatimento de 4% do Imposto de Renda da empresa”, enfatiza. 

Rio, 450 anos de música

450.jpg

O projeto “Rio, 450 anos de música” inaugurou o programa e foi realizado entre setembro e novembro passados. A exposição multimídia levou até 420 pessoas diariamente ao galpão do Teatro Tom Jobim. A abertura foi em grande estilo, com o concerto “Bela música, bela época”, que contou com a execução da Orquestra Petrobras Sinfônica e narração do ator Mateus Solano.

Em outubro, cerca de 35 empregados e empregadas do Serpro tiveram a oportunidade de realizar uma visita guiada exclusiva na mostra. Lá, interagiram com a linha do tempo; conheceram antigos instrumentos musicais; e ainda criaram suas próprias músicas na “mesa musical”.

A curadora da mostra e diretora do espetáculo, Rosana Lanzelotti, explicou a sua inspiração. “Percebi o quanto era difícil o acesso a partituras de música brasileira. Até mesmo de Villa-Lobos e Tom Jobim, há diversas obras que continuam em formato manuscrito e, por isso, não são tocadas. O que os músicos não podem tocar, o público não pode conhecer. Vai ficando para trás uma parte importante de nossa cultura”, afirmou. A parceria permitiu ainda que 40 empregados da Regional Fortaleza do Serpro assistissem ao concerto no Theatro José de Alencar, em dezembro.

uhuru.jpgFestival de cinema africano

A “Uhuru – Mostra de Cinema Africano Pós-Independência” trouxe curtas e longas-metragens inéditos, de gêneros como animação, ficção, documentário, além de debates. “Uhuru significa liberdade em swahili, uma das línguas oficiais do Quênia, da Tanzânia e de Uganda”, explicou a curadora da mostra, a ganense Jacqueline Nsiah.

Thiago Ramires, um dos idealizadores do projeto, acrescentou que o cinema africano teve grande produtividade nesse cenário de pós-independência. “Foi um anúncio da liberdade, em vários sentidos, e o cinema se ocupou em captar isso. Os temas da mostra, direta ou indiretamente, esbarram nessa questão”, comentou. “O cinema desse continente nos ensina que é possível fazer bons filmes sem grandes estruturas e com bons argumentos”, completou. A mostra foi realizada por dez dias na Caixa Cultural. Empregados e empregadas do Serpro assistiram gratuitamente às sessões. O ingresso para o grande público tinha o valor simbólico de R$ 4.

220 volts - primeiro projeto de 2015

O primeiro projeto teatral patrocinado pelo Serpro é o musical 220 volts, do comediante Paulo Gustavo, que fará temporada de três meses no segundo semestre de 2015. Enquanto essa temporada não começa, o espetáculo faz um “esquenta” em outros teatros. Paulo abriu 2015 com apresentações no Citibank Hall, que foram prestigiadas por 30 empregados do Serpro e seus familiares. 

Cabe destacar também a contrapartida social do projeto. A produção distribuirá 1.260 ingressos para ONGs, comunidades carentes, associações de moradores, sindicatos e cooperativas. Espera-se, assim, que o projeto contribua com a formação de novas plateias e a democratização a bens culturais.

Sambas para Mangueira

O projeto “Sambas para Mangueira”, produção do Centro Cultural Cartola, tem previsão de lançamento para abril e trará um CD duplo encartado em uma revista especial, em formato de livro.

Para o repertório, serão escolhidos sambas que retratam o cotidiano e a riqueza musical do morro da Mangueira. No livro, constarão 60 deles e 30 nos CDs. De acordo com Nilcemar Nogueira, coordenadora do projeto, “estão sendo escolhidos sambas que exaltem o morro e a escola de samba Estação Primeira de Mangueira”, conta ela, que é neta de duas figuras lendárias desses cenários: Cartola e Dona Zica.

Para o lançamento será realizado um show com a participação de diversos artistas. Porém, uma prévia do que vem por aí já foi apresentada aos empregados do Serpro. O aniversário de 50 anos da empresa, em dezembro de 2014, foi comemorado no prédio do Andaraí, com um show que reuniu, entre outros, Nelson Sargento e a Velha Guarda da Mangueira.

Capa do livro Pulso UrbanoCultura Digital

A evolução tecnológica ocorrida nas últimas décadas foi tema do livro “Pulso Urbano”, escrito pelo jornalista Guilherme Aragão e lançado em 2013. O autor pretende revisitar o tema em “Cultura e Tecnologia – A Era Digital”, que irá além, contextualizando os 50 anos do Serpro e suas inegáveis contribuições a essa jornada.

O livro pretende resgatar esta história e apresentar aos leitores uma narrativa capaz de analisar o impacto dessas transformações na cultura e na vida das pessoas. A obra será bilíngue, acessível para pessoas cegas, e terá 180 páginas e tem previsão de lançamento para dezembro desse ano.

23582090230
23582090230 disse:
12/03/2015 09h34

Excelente projeto de incentivo a cultura dentro do Serpro, sugiro que incluam os corais das Regionais também neste projeto.

04972829419
04972829419 disse:
10/04/2015 11h59

Estes eventos poderiam ir para outras regionais? Esta Mostra de cinema Africano,queria ter visto também. E apoio o incentivo aos artistas-empregados.

Comunicação Social
Comunicação Social disse:
14/04/2015 16h40

Prezados, respondendo aos dois comentários acima, por enquanto somente Rio de Janeiro e Curitiba estão participando do programa de cultura. A ideia é expandir para outras cidades, sim, mas dependemos das leis municipais de cultura e nem todas as capitais onde temos regionais possuem essas leis de incentivo. Também já estudamos a possibilidade de patrocinar via lei Rouanet.

52762971004
52762971004 disse:
24/04/2015 11h27

Ótimo este projeto do Serpro, mas é muito interessante que ocorra em todas as regionais/escritorios para que todos possam participar.
Deveriam formalizar também os grupos de teatro existentes no Serpro como foi feito com o de corais.

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