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As dez tendências

Tendências de TI

Gartner destaca campos da TI que causarão maior impacto nas organizações em 2016
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Cássio Dreyfuss, vice-presidente de Pesquisa do Gartner no Brasil

Mabel Gomes

O ano de 2016 já tem suas tendências tecnológicas de destaque eleitas. Os dez campos da tecnologia que serão estratégicos para a maioria das organizações neste novo ano foram apontadas pelo Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia.

Essas dez principais tendências tecnológicas moldarão as oportunidades de negócios digitais até 2020. As três primeiras tendências abordam a fusão dos mundos físico e virtual e o surgimento da malha digital”, explica David Cearley, vice-presidente e Fellow do Gartner nos Estados Unidos. Essas tendências são a malha de dispositivos, a experiência ambiente-usuário e a impressão 3D.

As três tendências seguintes se relacionam às máquinas inteligentes e ao negócio algorítmico: informação de tudo; aprendizagem avançada de máquina e agentes; e equipamentos autônomos. As quatro últimas tendências configuram as bases necessárias para apoiar os negócios digitais e algorítmicos. São elas a arquitetura de segurança adaptativa; arquitetura de sistema avançado; aplicativo de rede e arquitetura de serviço; e plataformas de Internet das Coisas (IoT).

Saiba mais detalhes sobre algumas dessas tendências que podem causar grande impacto no mundo dos negócios, no universo dos usuários finais de tecnologia e nos investimentos feitos no mercado de TI, no Brasil e no mundo.

Malha de dispositivos

O termo malha de dispositivos refere-se a um extenso conjunto de pontos utilizados para acessar aplicativos e informações ou para interagir com pessoas, redes sociais e sites no geral. Ele inclui dispositivos móveis, wearables (tecnologias para vestir), aparelhos eletrônicos domésticos, dispositivos automotivos e ambientais – como os sensores da Internet das Coisas (IoT).

Cássio Dreyfuss, vice-presidente de Pesquisa do Gartner no BrasilO foco está no usuário móvel, que é cercado por uma malha de dispositivos que se estende muito além dos meios tradicionais, mas que muitas vezes operam isoladamente. Com a evolução da malha, espera-se que surjam modelos de conexão para expandir e aprimorar a interação entre os dispositivos.

Essa é uma revolução que passa ao largo do usuário final. Mas do ponto de vista dos técnicos, essa é uma tendência muito interessante”, avalia Cássio Dreyfuss (ao lado), vice-presidente de Pesquisa do Gartner no Brasil, em entrevista à Revista Tema. “A gente não fala mais em cadeia de valor, a gente fala em rede de valor, porque as conexões são muito mais complexas do que em uma cadeia”, complementa.

Para a evolução da malha, pressupõe-se uma nova ideia de arquitetura de recursos tecnológicos. “Não se trata mais da arquitetura que a gente estava acostumado a enxergar antes, ela é muito mais ampla, muito mais complexa, muito mais dinâmica. Se modifica a cada segundo dependendo dos dispositivos que se conectam e se desconectam”, pontua Cássio.

Experiência ambiente-usuário

Projetar aplicativos móveis continua sendo um importante foco estratégico. No entanto, o agora se objetiva fornecer uma experiência que flui e explora diferentes dispositivos, incluindo sensores da Internet das Coisas e objetos comuns, como automóveis, ou mesmo fábricas″

David Cearley

A malha de dispositivos estabelece a base para uma nova experiência de usuário contínua. Locais imersivos, que fornecem realidade virtual e aumentada, possuem potencial significativo, mas são apenas um aspecto da experiência. A vivência ambiente-usuário se amplia com as novas fronteiras que a malha de dispositivos oferece. Essa vivência flui em um conjunto de dispositivos, misturando ambiente físico, virtual e eletrônico, ao passo que o usuário se move de um lugar para outro.

Projetar aplicativos móveis continua sendo um importante foco estratégico. No entanto, o agora se objetiva fornecer uma experiência que flui e explora diferentes dispositivos, incluindo sensores da Internet das Coisas e objetos comuns, como automóveis, ou mesmo fábricas″, afirma David Cearley, do Gartner nos Estados Unidos.

Para Cássio Dreyfuss, no Brasil já se percebe uma grande preocupação com a experiência do usuário nos bancos. “Essa preocupação começou com a interface com o cliente em sites, mas ela está se estendendo. A forma com que a gente integra tudo o que existe para trás da interface garante que a experiência do usuário seja completa”.

Impressão 3D

As impressões 3D já ocorrem com o uso de uma ampla variedade de materiais, como ligas avançadas de níquel, fibra de carbono, vidro, tinta condutora, eletrônicos, materiais farmacêuticos e biológicos. As aplicações práticas estão se expandindo para mais setores, incluindo o aeroespacial, automotivo, de energia, militar e médico.

Com exames você consegue criar uma imagem perfeita de um osso como ele era antes de uma fratura. E você consegue imprimir esse osso com a impressora 3D”

Cássio Dreyfuss

 

 

 

 

 

 

 

 “Hoje, com a realidade virtual e a realidade aumentada, no caso de uma fratura grave que exija o uso de uma prótese, com exames você consegue criar uma imagem perfeita do osso como ele era antes da fratura. E você consegue imprimir esse osso com a impressora 3D”, conta Cássio Dreyfuss. “Não é uma prótese feita com placa de metal com pino, algo tosco. É um osso igualzinho ao que era antes. Exatamente igual”, detalha.

A crescente oferta de materiais conduzirá a uma taxa de crescimento anual de 64,1% em carregamentos de impressoras 3D empresariais até 2019. Esses avanços exigirão uma reformulação nos processos de linha de montagem das impressoras e na cadeia de suprimentos.