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Governança de TI em empresas de tecnologia

Opinião

José Leocádio é Coordenador de Tecnologia do Serpro
José Maria Leocádio é Coordenador de Tecnologia do Serpro

José Maria Leocádio é Coordenador de Tecnologia do Serpro

Mudança programada. Essa frase faz parte do cotidiano de muitos profissionais de TI ao redor do mundo. No entanto, empresas de tecnologia são obrigadas, por necessidade de negócio, a cada vez mais ampliar o seu vocabulário e acrescentar no dia a dia frases como "entrega contínua". "Mudança programada" e "entrega contínua" são exemplos inequívocos de que a inovação tem impacto muito grande nas empresas do setor de tecnologia, muito mais do que em empresas de outros setores. Inovações disruptivas podem simplesmente inviabilizar modelos de negócio consagrados como no caso do armazenamento em nuvem que substituiu o armazenamento local.

É importante reconhecer que, em empresas de tecnologia, "governança de TI" e "gestão de TI" são frequentemente utilizadas como sinônimos. No entanto, uma das maneiras de diferenciá-las consiste em especializar a "governança" como um olhar externo à empresa que visa garantir que os processos e estrutura organizacionais sirvam para o provimento de valor aos clientes. Já a "gestão" é algo interno à empresa cujo objetivo é garantir que os processos e estrutura estejam implementados com efetividade.

Assim, a governança de TI, academicamente conhecida como governança de engenharia de sistemas, determina como é feita a decisão sobre as demandas e as entregas de TI além da segurança da informação. Para que essa governança mostre valor, alguns pilares necessitam de atenção: arquitetura corporativa, gestão de portfólio, gestão de projetos e gestão de riscos da informação.

"A governança de TI determina como é feita a decisão sobre as demandas e as entregas de TI além da segurança da informação. Para que essa governança mostre valor, alguns pilares necessitam de atenção: arquitetura corporativa, gestão de portfólio, gestão de projetos e gestão de riscos da informação"

A solicitação de clientes pela utilização de métodos ágeis, e a necessidade constante de a empresa eliminar perdas, traz à governança de TI um pensamento mais enxuto (lean) com a qualidade passando a ser medida durante todo o ciclo de vida de tecnologia e não apenas em determinados pontos de controle para verificação de artefatos. O ciclo de vida de tecnologia do Serpro possui cinco fases: análise, prospecção, internalização, sustentação e declínio. A execução dessas fases auxilia a gestão de TI, já que permite verificar as atividades de pesquisa, aquisição, capacitação e implantação de tecnologias no ambiente corporativo. Por consolidar essas informações para a tomada da melhor decisão, o ciclo de vida de tecnologia é um dos principais mecanismos da governança de TI da Empresa.

Como um prestador de serviços de tecnologia, o Serpro busca práticas estratégicas de governança de TI que permitam a convivência com os eventos de disrupção tecnológica tão impactantes nos modelos de negócio. Seguramente há muito mais inovação tecnológica sendo criada fora da empresa do que dentro e assim a governança de TI tem um papel fundamental ao criar os mecanismos de decisão para a melhor escolha tecnológica que atenda ao seu negócio.