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Como tornar atrativa, interativa e inovadora a comunicação institucional utilizando técnicas de jogo

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Eduardo Cardim, analista de comunicação social do Serpro
Eduardo Cardim, formado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela Universidade Católica de Brasília. No Serpro, é responsável pelos projetos Campanha Institucional, Pesquisa de Satisfação com os Clientes, Inovação na Comunicação com foco em novas tecnologias e Programa Serpro de Relacionamento com os Clientes.

Eduardo Cardim, formado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pela Universidade Católica de Brasília. No Serpro, é responsável pelos projetos Campanha Institucional, Pesquisa de Satisfação com os Clientes, Inovação na Comunicação com foco em novas tecnologias e Programa Serpro de Relacionamento com os Clientes.

A indústria dos games é, entre todos as produtoras de entretenimento, a que mais cresce no mundo. O instituto de pesquisa Gartner prevê, para 2015, um rendimento de 112 bilhões de dólares para o mercado. Os jogos voltados para publicidade têm uma projeção, para 2016, de capitalizar mais de 7,2 bilhões.

Os games ganham força em um momento de mudança de paradigmas para a comunicação. Hoje, o consumidor tem acesso a uma grande quantidade de mídias e isso torna mais difícil prender a sua atenção. Surge a necessidade de pensar as mensagens em um modelo que atraia e gere engajamento. O jogo eletrônico é uma maneira bastante interessante de fazer isso. Os games possuem três traços fundamentais que atraem e prendem um jogador/consumidor: imersão, interatividade e espacialidade navegável.

A imersão permite passar a mensagem de maneira mais efetiva. O jogador está interagindo com uma plataforma que exige respostas rápidas, o foco se volta para esse universo, com imersão profunda. Jogar significa envolver-se em uma atividade lúdica de tal forma que a experiência vivida é o próprio o jogo. Dessa forma, o receptor está mais suscetível a absorver os objetos e mensagens presentes no contexto. Esse é um cenário ideal para a publicidade de produtos e empresas.

Outro traço fundamental é a espacialidade navegável, onde o jogador pode transitar, de forma livre e intuitiva, na área delimitada pelo jogo. Esse traço transmite uma sensação de liberdade e controle do jogador, tornando a mensagem parte do contexto e, portanto, não invasiva.

A interatividade permite ao receptor interferir no contexto e suas ações possuem influência direta no resultado. A interação emissor/receptor torna-se única, assim como a experiência de assimilação da mensagem que uma marca ou produto pretende passar. Além dos três traços fundamentais, os jogos digitais possuem três níveis de inserção da mensagem publicitária.

O primeiro é o associativo. Nesse nível, a exposição da mensagem é mais fraca, semelhante à publicidade convencional. Aqui, a marca é levemente associada ao estilo ou à atividade proposta em um jogo já existente. O uso de placas de patrocínio, outdoors e logomarcas pelo cenário do game, replicando a propaganda do mundo real, são exemplos dessa fase.

O segundo nível, chamado de ilustrativo, é mais forte que o primeiro. A marca é fortemente associada ao jogo, seja por itens patrocinados dentro do ambiente virtual ou promoções da empresa para os jogadores, por exemplo. Neste caso, a marca não é apenas vista, mas o jogador interage com ela, já que é uma parte atuante do jogo.

No terceiro nível, o demonstrativo, a interação é a máxima possível. Nesse estágio, a marca faz parte integral do jogo, há interação com o público de modo direto, com sua própria linguagem persuasiva. Nesse modelo, os produtos e serviços podem ser testados em ambiente virtual. Os conceitos que a marca deseja passar são parte integrante e expressa da mecânica do jogo.

O desafio está lançado: produzir conteúdo relevante, prender a atenção do consumidor e, ainda, gerar resultados. Os jogos utilizados como estratégia para veicular uma mensagem são um grande aliado das empresas e o Serpro já tem um projeto para embarcar nessa tendência: o Decrypt.

Artigo Eduardo.jpgO Decrypt é um advergame. Fusão das palavras advertise (propaganda) e game (jogo), o advergame é o uso de jogos, em particular os eletrônicos, para promover um produto, ideia ou empresa junto a um público-alvo. Nossa experiência se passa nos ambientes do Serpro, usando, como base, a planta da sede da empresa, em Brasília. O objetivo do jogador é achar doze caracteres que formarão uma mensagem criptografada. Para decifrar o código, o empregado deve logar em um computador virtual coma ferramenta de email Expresso e descriptografálo, por isso o nome Decrypt.

A pergunta que se faz é como achar os caracteres? A resposta passa pela lógica do game: o jogador deve circular pelas dependências da empresa e interagir com os empregados virtuais dispostos pelas áreas. Cada empregado passível de interação possui uma pista que permitirá ao jogador evoluir no game em busca do objetivo.

As conversas com os empregados não se resumem às pistas. Nesses diálogos, serão abordados assuntos relacionados ao papel de cada área dentro da empresa, tudo dentro da lógica do jogo. O jogador também vai interagir com produtos e serviços do Serpro, como a ferramenta de email corporativo Expresso, o certificado digital e sistemas desenvolvidos pela empresa. Essas experiências vividas no mundo virtual vão permitir ao Serpro fazer com que os empregados entendam melhor a empresa; contribuir para que os clientes absorvam, de forma criativa e lúdica, os benefícios dos serviços do Serpro e fazer com que a sociedade tenha contato com a marca.

Pensar fora da caixinha e estar alinhado com as principais tendências do mercado é importante para a eficiência e efetividade do processo de comunicação dentro de uma organização.