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A evolução do modelo de rede de longa distância: menor custo e melhor nível de serviço

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Weldson Lima é analista de Redes do Serpro, em Brasília
Weldson Lima é analista de Redes do Serpro

Weldson Lima é analista de Redes do Serpro

O ano de 2015 encerrou com grandes conquistas para o Serviço de Administração de Rede de Longa Distância da Superintendência de Operações do Serpro. A rede Wan, maneira abreviada como esse serviço é chamado na área, foi destacada com menções positivas nos relatórios de equilíbrio financeiro e desempenho corporativo daquele ano. Grande parte do motivo para o sucesso foi uma ampla reformulação do serviço, provocando a redução de custo na ordem de R$ 30 milhões, apesar dos significativos investimentos feitos na atualização de equipamentos do backbone e do ambiente de publicação internet. Para se ter uma ideia da relevância e amplitude da redução de custo da rede Wan, o custo do serviço em 2015 foi inferior ao custo do mesmo em 2014.

"Fazer mais com menos". Apesar do efeito clichê que desvaloriza essa expressão, foi exatamente esse o objetivo planejado e alcançado para a Rede Wan do Serpro. Reduzir os custos do serviço é extremamente importante, mas é preciso ainda fazer mais e melhor. Essa combinação de ganho de qualidade e redução de custo foi brindada no fim do ano com a assinatura do contrato de mais um cliente de rede, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários. Não apenas os preços finais foram reduzidos, em função da significativa redução de custo, mas também os níveis de qualidade do serviço foram elevados para o novo cliente. Um instrumento-chave para o ganho de eficiência operacional foi a prática da Análise Crítica de Desempenho, reuniões em que os indicadores de qualidade produtiva e entrega do serviço são detalhadamente analisados por uma equipe multidisciplinar e medidas de melhoria são planejadas e realizadas pela mesma.

O resultado de sucesso que o Serviço de Administração de Rede de Longa Distância obteve em 2015 não foi mérito exclusivo da Superintendência de Operações. A forte parceria celebrada com a Superintendência de Centro de Dados do Serpro permitiu que nosso setor aprimorasse a gestão de serviço com foco no ganho de qualidade de entrega do serviço e no desempenho de custo. Além disso, buscamos o apoio da Coordenação-Geral de Infraestrutura de TIC, da Consultoria Jurídica, da Superintendência de Aquisições e Contratos, e unidades da Diretoria de Relacionamento com Clientes, fundamentais para a completa reformulação do modelo do serviço. Ainda no advento de 2015, tais parcerias entre as unidades resultaram na definição de princípios e objetivos táticos que nortearam as ações ao longo do ano, foram eles:

  1.  Atualização tecnológica é melhor do que nova aquisição.
  2. Alocação coerente e justa de componentes de custo.
  3. Usar tecnologias modernas com menor custo.
  4. Priorizar infraestrutura própria de rede de acesso.
  5. Gestão tributária vinculada ao serviço.
  6. Criar novos serviços e insumos específicos.
  7. Realizar contratações mais eficientes e criativas.
  8. Criar negócios flexíveis e adaptáveis às necessidades e características dos clientes.
  9. Ganho de eficiência produtiva do serviço significa mais com menos.


Do ponto de vista comercial, o principal objetivo foi flexibilizar o modelo de negócio ao sabor dos nossos clientes. Embora os clientes de rede do Serpro sejam todos órgãos de governo, cada um possui características e necessidades próprias, sejam elas técnicas, contratuais ou mesmo orçamentárias. No passado já deixamos de celebrar contratos em função das necessidades do cliente não se adequarem a um modelo rígido de negócio de rede. O novo modelo de negócio ofertado pela Superintendência de Operações apresenta diferentes classes de serviço, com características técnicas, níveis de serviço e custo diferenciados. Assim, um cliente com peculiaridades técnicas ou restrições orçamentárias, por exemplo, pode contratar a classe de serviço que mais se adapta às suas necessidades. Essa é uma significativa quebra de paradigma para a oferta de serviços do Serpro, a venda de nível de serviço, em lugar de insumo ou infraestrutura.

O que se planeja para 2016 é avançar nos resultados positivos alcançados em 2015. Muitas das ações iniciadas naquele ano ainda não se concluíram e sinalizam para uma nova e significativa redução de custo, a exemplo da contratação de novos circuitos de rede interestaduais para compor o backbone que liga as regionais e escritórios, cuja licitação já foi realizada com preço em torno de 40% inferior aos praticados atualmente. Todas as ações de redução do custo da rede Wan são geridas em um projeto tático da Diretoria de Operações da empresa, e o aprendizado com a rede Wan será aplicado também em um projeto tático de redução de custo, ganho de qualidade e ampliação de clientes para o Serviço de Administração de Rede Local. A área está certa que terminará o ano de 2016 com melhores serviços e uma maior carteira de clientes, avançando no sucesso superavitário alcançado em 2015.

Weldson Lima é analista de Redes do SerproWeldson Lima
Graduação em Tecnologia em Informática pelo IFRN, pós-graduação em Gestão Pública pela UFRGS e mestrado em Engenharia Elétrica pela UFRN. É analista de redes no Serpro há 10 anos, onde gerencia o Departamento de Gestão de Projetos e Processos de TI, da Superintendência de Operações.