Os executivos da CVM precisavam resolver um problema de infra-estrutura.

Nos últimos dois anos e meio, a demanda pelos sistemas da CVM cresceu, sem que a CVM aumentasse a infra-estrutura. Eles estudavam migrar os servidores para um grande CPD terceirizado; o Serpro foi uma opção lógica, já que também é ligado ao Ministério da Fazenda.

Os servidores e os 31 sistemas legados da CVM vão para o CPD do Serpro no Rio de Janeiro — reativado no ano passado. A conexão entre o Serpro e a CVM no Rio de Janeiro será provida pelas redes da Oi e da Embratel. Os técnicos do Serpro também assumem a administração das estações de trabalho da CVM no Rio, em São Paulo e em Brasília.

O contrato com a CVM dura um ano. Depois de resolver o problema da infra-estrutura, Mazoni pretende oferecer outros serviços para a CVM. Um deles é o desenvolvimento de sistemas modernos: o Serpro apresentou uma proposta para criar um sistema único para os processos da CVM.

... e prepara evento sobre governo eletrônico.

Os serviços de governo eletrônico geralmente são divulgados isoladamente, cada um por seu órgão. O Serpro e a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão querem mostrar os serviços de uma vez só, todos juntos. O cidadão, diz Mazoni, enxerga os serviços do governo, mas não sabe dizer se o serviço é da prefeitura, do estado ou da União.

O Serpro e a SLTI realizam o Congresso Internacional de Governo Eletrônico e Sociedade, de 27 a 29 de agosto, na Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, em Brasília. As duas instituições já convidaram representantes de todas as esferas do governo do Brasil, além de representantes de outros paises da América Latina.

O Serpro já organizou outros eventos com foco em tecnologia e com a participação de fornecedores. No Consegi 2008, o foco será no serviço, com a participação de funcionários do governo e de cidadãos. O fórum, diz Mazoni, será gratuito para cidadãos.

Mazoni pretende transformar o Consegi num fórum permanente. Assim, diz Mazoni, em um ano ninguém descobre que poderia fazer junto algo que já fez separado.

TI & Governo, edição 263, 22 de julho de 2008